31.5.07

Trienal de Arquitectura '07



vazios urbanos urban voids

REDEFINIR O CENTRO
Luis Fernández-Galiano
Thom Mayne
João Luís Carrilho da Graça
Saskia Sassen
REALIDADE E CENOGRAFIA
Paulo Martins Barata
Jamie Fobert
Eduardo Souto Moura
Mark Wigley
FORMAS DO COSMOPOLITANISMO
Yehuda Safran
Stephen Bates
Felis Claus
Pedro Gadanho
FLUXO E PERMANÊNCIA
Nuno Grande
Dominique Perrault
Elizabeth Diller
Rodolfo Machado
Fernado Romero
Francisco Mangado
O CENTRO DA PERIFERIA
Kurt Forster
Bjarke Ingles
Manuel Graça Dias
Emilio Tuñón
CIDADES INSTANTANEAS; CENTROS INSTANTÂNEOS?
Diogo Lopes
João Pedro Serôdio
Kengo Kuma
Jan Kaplicky
Marina Ferreira
João Rodeia

29.5.07

Voo liberto



Contempla com deslumbramento
pendendo sobre o mar,
erguido numa perfeição sintáctica,
umbilicada num silêncio pálido.

Dou de beber à sede
Um mar sem ondas,
que navega
sem rumo.

Na névoa esfuma-se.
Um voo liberto
que rasga o vento,
tranquilo e puro.

Palavras rejeitadas
leve e languidamente.
Levadas pelo vento,
de um esquecimento.

Mais distantes que o coração,
cálidas de frigidez
Tão longe de ti, como de mim?
cessam em mim…dolentes.

27.5.07

Impressões emotivas




Nenhum caminho será longinquo
quando acompanhado...
Permissivos os passos
por entre os espaços espectros,
restolham as dúvidas
fremem os sentidos
dessa condição
incerta...
mas deliciosa
de encontrar a resposta ou instante?
Onde desperta e adormece,
o sonho suspenso.

20.5.07

O movimento das coisas



Seduzidas
na dança do vento,
a matéria viva,
renasce plena.


Acaricia os passos sinuosos,
Que caminham pela poeira
Fintando a quietude muda

...aguda.

Degrau a degrau,
Lembrança após lembrança
Segredam na penumbra impenetrável
Memórias arremessadas
Experimentando a estranha euforia do vento

15.5.07

Porto de abrigo










Memórias enredadas,
Varridas ao mar,
Involuntárias.
Testemunham singulares,
As suas próprias lembranças.

Tapeçarias aprisionadas
Que se erguem e acariciam
Aos soberbos e melancólicos
Baús metálicos
Exilados na costa.

Varrem caminhos incessantemente
Em lençóis de simetria, ondulantes
Que a maré dos dias,
finge ignorar plácida

Atracado... Adormece e desperta,
num embano sereno
Ressoando desejos que ecoam
Descendo pelo murmúrio das águas,
Aguardam sem partir
Como que dizendo:
“leva-me (d)e volta…ao Porto de Abrigo”


13.5.07

5 fotos de uma história


No teu olhar descubro
Impressões emotivas
Florescerem águas inquietas
De matérias coloridas e de densidades
Aladas de ímpetos irresolutos
Agora enquadrados
Num silêncio satisfeito
Onde carrego o olhar
Para que as tonalidades me acompanhem plenas

12.5.07

Eis que chega o dia



Inauguração da exposição colectiva "XIV Encontro anual de artistas plásticos 2007-Sintra"


10.5.07

Imperfeitas Silhuetas








Perseguindo sensações âmbar,
sensíveis,
que inrrompem desfiadas,
na presença das sombras.

Disperso-me,
no leque da luz poente
e escuto diante de mim uma memória
nos flancos da argila.

A tonalidade de um mistério,
na imensidade do seu sulco.

Temíveis vagas
quebrantadas em ferrugem,
na dimensão da resposta...imperceptível.

Na quietude das imperfeitas silhuetas.

9.5.07

crepúsculo razante




Sensação ténue,
onde o sol esbatido espraia,
a tonalidade dispersa,
destilando a cólera.

Os meus olhos abrem-se
num voo oblíquo,
tangenciados.
Na veemência
do seu peso

Fazendo arregaçar a sombra,
mitigada.
crepúsculo razante,
tornado espasmo lunar

8.5.07

Horizontes





Dias planos cobertos,
na planície que perde a cor verde,
aprisionando a sombra.

E a árvore

...que espera

Enquanto o olhar guarda a paisagem

que se esboroa
na vastidão do horizonte




7.5.07

Silenciar


Na infíma penumbra,
Em algum momento é preciso cessar a palavra
Saber não dizer,
nem insinuar
nem questionar
nem reticenciar,
nem exclamar... usando a palavra.
Mergulhar,
resgatando ao tempo,
Calcando a negritude
e deixar que o oco faça eco.
E não se escute nada mais...
Apenas a paz do silêncio na densidade do vazio suspenso.

5.5.07

Azul anil



Ter o Céu como fundo,
planície,
abrigo.


Mergulhar sem medo nem reservas.
num azul imenso,
que me me engana,
e me deixa naufragar de mim tão plena.


Complemento-me num cíclo
tão natural
...fluído.

4.5.07

Perto da seiva




Entrego o olhar
perto da seiva,
onde pensamentos em fuga
diluem fecundos.

2.5.07

Coccinella septempunctata


Ordem: Coleóptera
Família: Coccinellidae
Sete pintas negras (élitros) sobre uma capa vermelha,
Pequena cabeça n
um corpo semi-esférico, patas curtas que correm ligeiras, asas inferiores finas, ocultas por asas superiores, membranosas muito desenvolvidas, protegidas pela carapaça quitinosa.

Sevenspotted numa metamorfose completa: ovo, larva , pupa e adulto.

Lady Beetle (Dona escaravelho), ladybirds (Dona Ave), Lady bugs(Dona Insecto), ladycows (Dona Vaca), beetles of Our Lady (escaravelhos da Nossa Senhora)
Abrigadas... temporariamente, até regressarem aonde pretencem.