sob a clemência do tempo
Uma casa, como que
a aguardar a clemência do tempo
Sem remissão à passagem das horas
Ecoava, sob a luz crua
A portada entreaberta para inundar tudo em redor
Cavava o escuro
As contingências por onde o tempo vagueava
Embebem-se um pouco mais da luz oculta
Entre o Mundo táctil e o sonho de medo
A luz que desdatava o dia
Ainda aguentava tacteando
Enquanto as sombras mais pálidas endurecem
Com o peso… e nada mais
Pudesse o olhar penetrar a fluência da luz
Como os olhos que sondam o passado
Por um momento àquela ausência
Onde se encontra a sua voz autêntica
Não merece nem sua perda nem pose
nem o significado que habita onde o sentido cessou
O escuro consolida-se do verde,
enquanto apaga a janela e o frio aumenta
Aqui, neste ar sob este frio fecundo
Perpetuam esboçadas sobre a mesa
as cadências dessa herança vivida
O espaço é agora tudo o que deve ser
a aguardar a clemência do tempo
Sem remissão à passagem das horas
Ecoava, sob a luz crua
A portada entreaberta para inundar tudo em redor
Cavava o escuro
As contingências por onde o tempo vagueava
Embebem-se um pouco mais da luz oculta
Entre o Mundo táctil e o sonho de medo
A luz que desdatava o dia
Ainda aguentava tacteando
Enquanto as sombras mais pálidas endurecem
Com o peso… e nada mais
Pudesse o olhar penetrar a fluência da luz
Como os olhos que sondam o passado
Por um momento àquela ausência
Onde se encontra a sua voz autêntica
Não merece nem sua perda nem pose
nem o significado que habita onde o sentido cessou
O escuro consolida-se do verde,
enquanto apaga a janela e o frio aumenta
Aqui, neste ar sob este frio fecundo
Perpetuam esboçadas sobre a mesa
as cadências dessa herança vivida
O espaço é agora tudo o que deve ser
Etiquetas: abandono, memórias, paisagem rural, sombras
7 Comments:
Dói tanto ver casas abandonadas, com vestígios de vidas passadas...
Excelentes fotos!
Obrigada.
o espaço
habitado
(pela
luz
das
sombras)
E que casa nos esconde a sombra interior?
A luz. As cores.
Sob a clemência do tempo...Que clemência é esta?
Por vezes deixa-nos vazios, qual casa de garrafas vazias e abandonadas. Por vezes não...
Blog maravilhoso. A estética.
Já aqui vinha há muito tempo. Usava outro nome então. E voltei a encontrar este contorNUS...
gosto tanto destas casas abandonadas, guardam memórias.bonitas as fotografias.
Quantas histórias guardadas nas gavetas já gastas do tempo...
Muito bonitas, foto e música a condizer. ;) Beijo
Inexoravel....
Enviar um comentário
<< Home