12.9.08
13.5.08
Breve infinito


Sinopse do gesto que se repete
Prescreve mais um momento do dia
Jorrava firme
Cristalina e luminosa
Parindo um leito de múltiplos casulos de ar
Giravam como órbitas
No vertiginoso baile centrífugo
Galáctico
Que bordavam a cuba fria e metálica
Se escoam fugazes
E logo desfalecem
Vórtice de uma despedida elíptica
Atada e hipnótica ao olhar
Que recupera a sede mais antiga
De descer ao abismo
30.7.07
À tona se decifram


invento-me à luz do dia
na transparência dos desejos
Por um tempo de osmose
Aqui estou
… Laqueada
Por instantes que rondam
Em coágulos de ar liberto
Minuciosos casulos
Emanações
Cintilam sinuosas
Deslumbro os movimentos concêntricos
Que se acumulam à escuta
Numa transparência incólume
Que enredam e atam
Pedem guarida
Fundem-se recolhidas ao silêncio
Estrepitam
Das águas turvas que rumorejam
Velando-me o olhar
Numa redoma diáfana
Suspende-se da matéria
Que se assoma efémera
Sem ruído…explodem
invioláveis
Apago o rasto aos passos
Sustendo em vácuo
Expurgando o percurso enredado
Contaminado pela ausência
é nesse tempo dilatado
Onde o sonho se dissolve… ou se quebra
Dia após dia
Tácito à sede

Etiquetas: água