(in)útil
O silêncio de pedra e ossos
é agora carne das horas
é tudo aqui
Acode o sono e o retêm
de exaustas e retorcidas memórias
Põe um grito mudo na minha sede
Que a flor de luz dissolve
Numa etérea carícia celeste
Se alonga e circunda triste e intangível
O mesmo silêncio apreensivo
Que se prolonga nas desarmonias
responde no marulhar oco de sombras
e revolve, rompendo
a ardente tonalidade incubada
Numa serenidade estéril
Onde o tempo se entretece
derramando um álgido silêncio penetrante
Entre nós corre o espaço
Que nos limita
o essencial não se guarda nas mãos
jaz inerte
dentro do olhar
Etiquetas: abandono, memórias, Patologias
10 Comments:
ora aqui estao 2 hipoteses de cenario para umas sessoes de fotos , muito bem
Olá
Há muito tempo que não tinha oportunidade de vir ver as tuas fotos e o texto que tão bem sabes interligar nessa linguagem mista que dominas exemplarmente.
Um beijo
As fotos estão fantásticas!***
em cada palavra; encontro significado, profundidade, sentimento, contexto, densidade, delicadeza.
gosto muito de te ler!
beijo
Cheiro o espaço putrefacto nas imagens a duas dimensões...
Fecho os olhos e ouço o teu canto, quase um lamento...
Retiro-me silenciosamente para não perturbar o momento!
Schiuuu...(bjs)
o tecto
do silêncio
desaba
em ruínas
sobre a
palavra
abraço
belas imagens..belas palavras...:)
kiss
só me ocorreu dizer uauuuuuu!
O essencial não se guarda nas mãos... perfeito!
:o)))***
parabéns. fotografia e poesia, são dois tipos de arte que aprecio muito, especialmente a poesia.
O essencial, o vazio, o tudo. Pequenos quês que preenchem os espaços e colorem o tempo. Sempre. Qual tormenta. Qual benção.
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