6.1.08

Ruir num espasmo







Como foices invisíveis
Ordenadas pelo pêndulo do tempo
Na sucessão dos dias

O tempo que passa
Num silêncio
À espreita
Descoberto à luz cambaleante
De uma beleza ameaçadora

Ao compasso dos relógios
Deixando-se Esboroar
Evoca impiedoso
Retroceder da matéria

Impiedoso
Nada podendo contra os desígnios
deste assombro
oculto sentido
Viverá no olhar do pensamento

como que ainda vibrando do ar que se lhe atravessa

Etiquetas:

28 Comments:

Blogger RC said...

O silêncio arruinado pela ruína.

Xi.

11:47 a.m.  
Blogger Maria Laura said...

O poema é a expressão perfeita das fotos. O retroceder da matéria. Impiedoso.

11:59 a.m.  
Blogger O Profeta said...

Mais uma mágnifica sonata de sentires...


doce beijo

2:20 p.m.  
Blogger Artur.S said...

Um belo conjunto poema/imagens.
FELIZ 2008!

Posso linkar o teu blog no meu?

6:26 p.m.  
Blogger MARIA MERCEDES said...

A Ruína é obra do tempo,
enquanto a demolição é obra do homem! A primeira é mais romântica, a segunda é por norma mais suja e poeirenta...

beijinhos

10:43 p.m.  
Anonymous Anónimo said...

Simbiose palavra&imagem.

Assombrosa.


As.sombro.sa Luz.



Beijo

____________/

12:19 a.m.  
Blogger Jo said...

a decadência do abandono.

beijo*

1:02 a.m.  
Anonymous Anónimo said...

O tempo, um bem cada dia mais raro nesta sociedade invadida de modernidade.
Viver com tempo, sentir com prazer os momentos de êxtase ou prazer, é simplesmente viver num tempo desligado do tempo que se vive no mundo fisíco.
Carpe Diem...

9:16 a.m.  
Blogger Chris said...

Obrigado pela tua visita!

'lindas' fotos e o texto complementa-as tão bem! Gostei muito! Também voltarei =p
um beijo...

11:31 a.m.  
Blogger saudosista do futuro said...

es.pasmo.

____________
__________________

da ruína nascem
novas adrenalinas.

2:20 p.m.  
Blogger oldmirror said...

Ruir não é o fim, mas o início de algo novo

sinais-de-fumo.blogspot

3:46 p.m.  
Blogger Iasnara said...

Numa concreta sensibilidade.
Desconstruir para um novo começo.

A vida segue, juntando o que sobrou. Sempre resta algo intangível, que nada consegue destruir.

Tempo rei.

Beijo.

4:29 p.m.  
Blogger Twlwyth said...

Sentir a chama acesa do tempo antes que se torne um rastilho de memória.
Gostei do teu espaço :)

4:34 p.m.  
Blogger Plum said...

"retroceder da matéria..."

Abraços!***

4:34 p.m.  
Blogger Maria José said...

E num instante... tudo se esfuma e perde por entre o tempo que acontece.

8:07 p.m.  
Blogger A Túlipa said...

Tão típico da humanidade, a decadência. Como constroem, e, quando ja não serve, mandam abaixo.

10:31 p.m.  
Blogger Pearl said...

O tempo é cada vez mais célere... até no ruir...
:o)))***

10:30 a.m.  
Blogger Ina said...

Adorei!...Tudo precisa ruir para que venha o novo.

Besos

11:44 p.m.  
Blogger K said...

Seja qual for a patologia é dos destroços que se ergue a cura...

1:54 p.m.  
Blogger ROSASIVENTOS said...

era a pesquisa minuciosa de um nome inteiro

pelo que te peço que sejas agora por exemplo

a casa das rosas


(...)

3:03 p.m.  
Anonymous Anónimo said...

Ola...

Os designios do tempo são assim mesmo: impiedosos...

Que ruam as obras do homem, mas jamais a sua alma...

Beijo
Vy

5:11 p.m.  
Blogger eu said...

O tempo e as fotos que nos dás torna-os idênticos...
O tempo passa... mas temos de ser nós a passar por ele...
O tempo não é um banco (disseram-me uma vez...), no banco depositas o dinheiro que te sobra e acumula para o dia seguinte, o tempo não, o que não fazes hoje, o tempo não te dá margem para acumular para amanhã...
um beijo.

10:00 p.m.  
Blogger Peach said...

Impiedosa derrocada... da matéria, e da... alma

gostei muito

beijo

12:14 a.m.  
Blogger Vera Carvalho said...

As tuas palavras erguem-se ao invés do tempo. Magnífico!

1:34 p.m.  
Blogger Red Light Special said...

Gosto do "tic tac" do pêndulo do tempo que nos lembra que que o futuro é agora, que o hoje já passou...

1:43 p.m.  
Blogger Silêncio © said...

O tempo, esse monstro invisível que tantas vezes nos arrebata o mais intimo desejo.

Beijo vibrante

10:09 p.m.  
Anonymous Anónimo said...

o designio oculto do tempo cria as ruínas nos intervalos húmidos do teu perfil na janela de todos os dias; amarrota-te o corpo bacante e inquieta-te o olhar fixo vultuoso pelo tecto do teu sonho adormecido.
João*

9:43 p.m.  
Blogger Rain said...

O pêndulo do tempo, o olhar do pensamento... expressões únicas que fazem magia.

10:54 p.m.  

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