2.1.08

Pela metade





Levada de mim
… me perco
nos passos deslaçados
Do corpo inteiro

Errante
a luz que ilumina
pela metade
enquanto cai

e se esconde
no instante seguinte
o poema encontra
as suas sombras
como outra metade cativa
numa presença que escapa
aninhada como num côncavo segredo

Etiquetas:

38 Comments:

Anonymous Anónimo said...

No areal da vida ficam as pegadas do pensamento, de vidas percorridas e de outras que serão vividas...

10:24 da manhã  
Blogger Dalaila said...

pégadas que não se desmarcam com a água dos dias

2:06 da tarde  
Blogger Plum said...

uma foto nostálgica!grande abraço!***

4:26 da tarde  
Blogger Bandida said...

a sombra dos segredos...



beijo e BOM ANO 2008!

B.

4:53 da tarde  
Blogger Rui said...

A busca da parte ausente.

Em falta?

4:55 da tarde  
Blogger DE-PROPOSITO said...

A areia entre os dedos, sonhos que esvoaçam.
Fica bem.

8:47 da tarde  
Blogger tufa tau said...

será como o branco e o preto?
o dia e a noite?
o sol e a lua?
o sim e o não?

deixo um abraço
e também voltarei

11:16 da tarde  
Blogger Outonodesconhecido said...

Olá.
bem vinda!

12:29 da manhã  
Blogger ~ Marina ~ said...

Huum! Adorei esse trocadilho de palavras e sentimentos! Pura poesia!

Beijos pra ti!

1:19 da manhã  
Blogger Ana Paula Sena said...

Olá! :)
Parabéns pelo blog! Muito cuidado e repleto de elementos e referências de bom gosto: óptima selecção de música e filmes; adorei as fotos e surpreendi-me com a poesia...!
Até breve!

1:38 da manhã  
Blogger RC said...

Concha ou búzio?

1:50 da manhã  
Blogger Maristeanne said...

ContorNUS


Nossas pegadas que se acumulam no mar...(de segredos.)

Belíssimo poema!

(a)braços :)

5:02 da manhã  
Blogger Maria José said...

Errante, caminhando enquanto as marcas no chão se apagam e esquecem que um dia ali estivemos. Apenas uma lembrança percorre então o nosso pensar. Aquela do vulto que um dia vimos na escurdião.

7:06 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Somos feitos de tantas metades que até custa a crer...
A fotografia está muito boa, parabéns!
Beijinhos e obrigada pela visita e comentário :)

10:49 da manhã  
Blogger aqui-há-gato said...

Bela poesia.
De pedras que não passam, no mar que não vejo e nas palavras que me roubas...
O instante sonha, os segredos que não contas... Ou escondes... nos teus contorNUS

O Gato

12:41 da tarde  
Blogger Miguel Garcia said...

Olá, é a primeira vez que venho ao ContorNus, ainda não absorvi tudo,mas do que vi e li, gostei, tens muito bom gosto, nos filmes, nas fotografia e escreves com um sentido muito solitário,gosto disso.
Vou voltar!

12:44 da tarde  
Blogger lampâda mervelha said...

As metades servem-se de outras...


Beijos

12:57 da tarde  
Blogger ®efeneto said...

Sinto-me no lado oposto da palavra
diante de um posfácio por escrever
de um livro em branco
cheio de poemas indizíveis.
É como se estivesse no outro lado da alma
ou como se eu e ela fôssemos agora
e não antes nem depois
- e no entanto somos há tanto tempo –
num tempo sem tempo
nesta ponta do universo
onde nem sempre escrevemos Amor.
Garatujo palavras para quê
se belo é a música
e tudo o que me rodeia
Poesia para quê
se ela está aí... sem palavras.

Mas é com palavras que voltei
e com palavras lhe desejo um
óptimo fim de semana
na companhia de quem mais desejar.
Bom 2008

[voltarei para a ler...]

3:16 da tarde  
Blogger un dress said...

como útero...


bOm tempo de nasCer um pouco mais!






:) beijO

4:02 da tarde  
Blogger Red Light Special said...

Pegadas de um caminho que ainda está para vir... sinto assim essa fotografia, que por sinal está linda!
Quanto à tua pergunta, não, o meu blog não foi inspirado no Red Light Center, mas sim no Red Light Special, a música, uma das minhas preferidas.
:)
Bjos para ti!

4:07 da tarde  
Blogger Helena said...

Olá! Obrigada pela tua visita :)
Gostei muito deste teu post, depois andei a ver teu blog, e nos prazeres, encontro o Chapitô! Devemos andar perto....
Voltarei aqui.
Deixo-te muitos beijos e desejos de um 2008 cheio de saúde, amor, arte, humor e sexo, e algo mais que precises com urgência.

5:19 da tarde  
Blogger Jo said...

adoro a textura dessa foto... sinto a areia debaixo dos meus pés descalços.

beijo*

9:08 da tarde  
Blogger Sol da meia noite said...

Tocante este poema... Muito.

Jinhos

10:20 da tarde  
Blogger eu said...

tão lindo o teu poema...
a tua busca da sombra... da outra metade de nós... em passos lentos mas seguros e tranquilos porque nas tuas palavras percebi que sabes em que direcção caminhas...
beijo meu

10:23 da tarde  
Blogger Alguém Comum said...

Caminho... logo vivo.
Pé ante pé...

Adoro ler-te

Beijos e tem um óptimo 2008

10:37 da tarde  
Blogger Embryotic SouL said...

Um dia abrimos o peito e mostramos a aridez das nossas margens, deslumbrados nao temos ideia do tempo sedentário e da erosão, do trabalhar da prisão que mora no segredo da nossa alma...

Gostei...

Beijo Sentido

12:56 da manhã  
Blogger Å®t Øf £övë said...

Quando as sombras nos mostram a outra metade, nós inevitávelmente corremos na sua busca.
Bjs.

1:19 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Pegada estranha... essa.

12:48 da tarde  
Blogger Desambientado said...

Que bela memória,
que belo caminho!

2:30 da tarde  
Blogger Outonodesconhecido said...

Bom fim de semana com a poesia de sofia

Sinto que hoje novamente embarco
Para as grandes aventuras,
Passam no ar palavras obscuras
E o meu desejo canta --- por isso marco
Nos meus sentidos a imagem desta hora.
Sonoro e profundo
Aquele mundo
Que eu sonhara e perdera
Espera
O peso dos meus gestos.
E dormem mil gestos nos meus dedos.
Desligadas dos círculos funestos
Das mentiras alheias,
Finalmente solitárias,
As minhas mãos estão cheias
De expectativa e de segredos
Como os negros arvoredos
Que baloiçam na noite murmurando.
Ao longe por mim oiço chamando
A voz das coisas que eu sei amar.
E de novo caminho para o mar.



Sophia de Mello Breyner Andresen

3:52 da tarde  
Blogger Maria Clarinda said...

"....Errante
a luz que ilumina
pela metade
enquanto cai
e se esconde
no instante seguinte
o poema encontra
as suas sombras..."
Lindo!
Jinhos
(adorei a foto)

6:16 da tarde  
Blogger jumpman said...

Errantes, muitas vezes caminhamos. Procurando pisar um chão forte que nos ampare e que não apague o registo do percurso.
E muitas vezes, é nas sombras que nos encontramos. Ali, onde estamos frente a frente com o que somos ou o que nos tornamos.


Fica também registada a intenção de voltar.

9:29 da tarde  
Blogger jumpman said...

Errantes, muitas vezes caminhamos. Procurando pisar um chão forte que nos ampare e que não apague o registo do percurso.
E muitas vezes, é nas sombras que nos encontramos. Ali, onde estamos frente a frente com o que somos ou o que nos tornamos.


Fica também registada a intenção de voltar.

9:30 da tarde  
Blogger as velas ardem ate ao fim said...

É tão dificil ser se inteiro.

Lindo!

bjinhos e bom ano!

9:44 da tarde  
Blogger ROSASIVENTOS said...

há-de formar-se a enorme cadeia de sons com que te quero falar
aguardo como se eu fosse dias
e estes se sucedem interminavelmente para além de mim
já se pressente
peço-te

2:45 da manhã  
Blogger Silêncio © said...

Metade sim, mas belo poema por inteiro que em mim se enlaça.

Beijo secreto

10:13 da tarde  
Blogger Rain said...

Gosto muito da tua forma de escrever. Da forma como usas e abusas das palavras,e crias uma nova realidade.

10:56 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

hum :)
tambem eu gostei do teu blog..
das tuas palavras..
das tuas fotografias..
das pegadas que vao ficando..
:D

11:53 da manhã  

Enviar um comentário

<< Home