2.12.07

o elogio do tempo





Sulcos de ar e água
acolhem a embriaguez
comida pelo sol
varrida pelo vento

Retrato transfigurado
Enleando os vãos
Respirando as minúncias desboroadas
Captura o abandono
Que dele se desprende e se demora
Sem ruído… fende o espaço
Revolve adivinhando a ausência
Escutando a seara
em torno da casa

elogio do tempo
que consome o pigmento escamado
ensombrecendo os contornos
agora deslumbrados

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16 Comments:

Blogger India_LuaSelvagem said...

Grande blog, grande sensibilidade, grandes trabalhos, grande mente! Tenho de "linkar" o teu blog ao meu! Fazem falta pensamentos assim ... ao mundo!

1:32 da tarde  
Blogger Mercúrio said...

estou expectante...

12:42 da manhã  
Blogger RC said...

Truz, truz?

Xi.

12:50 da manhã  
Blogger Plum said...

O Poder do Tempo!***

8:22 da tarde  
Blogger Espaços abertos.. said...

Registos de um tempo que o tempo não apaga...
Bjs Zita

8:30 da tarde  
Blogger OLHAR VAGABUNDO said...

adorei as imagens..fotos...
beijo vagabundo

8:43 da tarde  
Blogger A Túlipa said...

Uma construção, do tempo.

8:45 da tarde  
Blogger lampâda mervelha said...

Lembra-se o dia de importunar a sombra. Tão fresca seria a penumbra que trago por dentro destas paredes de ossadas. São impurezas certas, como alguidares à espera das goteiras no telhado de caniço.

2:28 da tarde  
Blogger O Profeta said...

E se o tempo morasse no espaço intermédio entre o lógico e o teu querer?...E se o teu tempo fosse apenas o éco dos teus pensamentos?


Doce beijo

4:13 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Lindo.


Ouve-se daqui.





Beijo

4:33 da tarde  
Blogger irneh said...

O tempo deixa sulcos que transfiguram o corpo e a alma.

Gosto desta tua escrita, bem pensada e muito bem ligada à imagem que tu tão bem sabes captar.

Beijinhos

5:06 da tarde  
Blogger 7 said...

Tempo que esquece, ambiente que possui. Mete-se o abandono, prende-se o esquecimento. O rosto fica sujo, ninguém o quer lavar. Há que ver que é bonito e voltar a embelezar. Triste sorriso apagado, espera ser animado e nas memórias há sempre quem faz um "contornus" à situação. Beijos.

6:14 da tarde  
Blogger Jo said...

deslumbrados... como eu. Com a rua Arte.

beijo*

10:16 da tarde  
Blogger lupuscanissignatus said...

A epiderme do tempo � uma casa de mem�rias...

10:32 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Será nessa porta, envelhecida pelo tempo, que as memórias da sua sabedoria me dirão o que fazer, transportado pelo azul sereno da parede, o seu limiar irei passar e por lá ficar...

11:02 da tarde  
Blogger Pearl said...

Acho fantásticas as casas caiadas e com a barra azul em baixo, nunca entendi bem o porque mas acho lindo...
Chegar a uma aldeia no sul do país e ver as casas todas assim, algumas descamadas pelo tempo, outras impecáveis, mas sempre fantásticas!!!
:o)))***
O texto ajuda à composição geral!
Demais!!

7:19 da manhã  

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