Tocar ao de leve na paisagem do corpo - ContorNU - movimento... bailado... dança na intensidade dessa escrita, desenho em forma de procura...
4.12.07
Ao vento...sobre as águas
À torre feita de ferro Içada ao vento Erguem-se lânguidos cabos estendidos
Outrora apartava os seus braços Saudando cada viagem Resta agora mais frequente Movimento que mareia a cada maré
Na sucessão dos anos Afloram sinais Perpetuando o tempo Quase possível de cronometrar cravada entre cada espaço
Na estranha anatomia à flor da água Sinais de geometria Águas bifurcadas Que se enredam e atam A Cada momento
Águas de correntes lentas marés de memórias sem palavras poisa a sombra da ave inquieta desenhada pelas asas onde se espalha a céu aberto prisioneira no verde turvado
Um post lindo!! Pousei os meus olhos no azul das águas das duas últimas fotos, senti-me a ave só repousando na águas lamacentas. Finalmente, a música transportou-me ao mundo das memórias e fez-me sentir nos tempos em que atravessava essa ponte ao lado do meu príncipe encantado. Obrigada, precisava bem deste momento.
Pensamentos, navegando no tempo, suspensos na torre que sustenta memórias, essas que numa caminhada de sucessivas marés fazem do tempo um tempo sem tempo, correndo sinuosas pelo ferro da torre onde descansa a ave, de asas tolhidas pelos abraços de braços que hoje não sente, e inquieta fica prisoneira do céu que num desafio de azul a convida a libertar-se e voar, ser de novo a torre que içada ao vento era o seu monumento, o seu orgulho, era ela em todo o SEU EU...
Sempre que aqui venho delicio-me com as fantásticas fotos que postas... Gosto mesmo muito das tuas fotos, e quando as conjugas com as palavras da forma como o fazes crias algo quase divino de tão belo!!! Este post é um desses!!! :o)))***
Excelente conjugação poema/fotografia. Ou de como as palavras podem criar pontes entre o espaço e o tempo, servindo-se de uma ponte que caminha nas palavras sobre as águas... Bfs, beijinhos.
Mais uma bela conjugação de palavras com as imagens apresentadas. Realmente o tempo passa e algumas marcas perduram. O abandono em torno da tecnologia é um facto e cada vez mais, morrem de pé os artefactos que outra hora sustentavam movimentos de trabalho e alegria colectiva. Agora, resta-nos um "esqueleto" onde as aves poisam e dançam sobre um silêncio outra hora ruidoso. Abraços.
17 Comments:
Um post lindo!! Pousei os meus olhos no azul das águas das duas últimas fotos, senti-me a ave só repousando na águas lamacentas. Finalmente, a música transportou-me ao mundo das memórias e fez-me sentir nos tempos em que atravessava essa ponte ao lado do meu príncipe encantado. Obrigada, precisava bem deste momento.
Beijinhos
Pensamentos, navegando no tempo, suspensos na torre que sustenta memórias, essas que numa caminhada de sucessivas marés fazem do tempo um tempo sem tempo, correndo sinuosas pelo ferro da torre onde descansa a ave, de asas tolhidas pelos abraços de braços que hoje não sente, e inquieta fica prisoneira do céu que num desafio de azul a convida a libertar-se e voar, ser de novo a torre que içada ao vento era o seu monumento, o seu orgulho, era ela em todo o SEU EU...
Essa música é bastante especial para mim... e agora com as tuas belas imagens, a banda sonora passa a ter cinematografia!
beijo*
Os contornos que fazes
entre suaves agruras
mesclas de cores
sons
palavras
imagens
e águas...
pega-se á pele
parabéns
Sempre que aqui venho delicio-me com as fantásticas fotos que postas...
Gosto mesmo muito das tuas fotos, e quando as conjugas com as palavras da forma como o fazes crias algo quase divino de tão belo!!!
Este post é um desses!!!
:o)))***
Contornos nus de uma alma de poeta.
Contornos que se desenham nas palavras e no sentimento que brota da alma de quem os vê tal como os sente.
Gostei dos teus contornos, tanto nas imagens como nos poemas!
Beijo
Poesia nas fotos e fotos na poesia. Lindo!
Besos
Oxigénio. Origina e corroi.
'
Realmente há coisas que valem a pena apoiar...
espreita e vê no que podes ajudar:
O Pai Natal precisa da nossa ajuda...
Os putos agradecem:
www.esteanovouseropainatal.blogspot.com/
Cumprimentos natalícios
triste melancólia aquática onde o azul casa a planície dourada em duas margens unidas contra a morte.
Espectro *
Ponte para a eterna idade...
Excelente conjugação poema/fotografia.
Ou de como as palavras podem criar pontes entre o espaço e o tempo, servindo-se de uma ponte que caminha nas palavras sobre as águas...
Bfs, beijinhos.
Água lusa. Tão natural como a alma lusa.
Xi.
Terra Lusa
Esquecida, abandonada, bela
Prisioneira de donos ausentes
Embriagada por feitos passados
As belas palavras que desenham em torno de belas imagens...belo espaço______________
_____________Meu rasto, doce é meu beijo
Mais uma bela conjugação de palavras com as imagens apresentadas. Realmente o tempo passa e algumas marcas perduram. O abandono em torno da tecnologia é um facto e cada vez mais, morrem de pé os artefactos que outra hora sustentavam movimentos de trabalho e alegria colectiva. Agora, resta-nos um "esqueleto" onde as aves poisam e dançam sobre um silêncio outra hora ruidoso. Abraços.
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