janela cerrada
algures...
repousa lento
para fora do peitoril
um corpo de céu líquido
que se bebe do silêncio
passagem vaga
a derramar
para lá das cortinas
uma luz inquieta
que nos afaga a casa
de ausência
assombrada
Etiquetas: terra Lusa
Tocar ao de leve na paisagem do corpo - ContorNU - movimento... bailado... dança na intensidade dessa escrita, desenho em forma de procura...
Etiquetas: terra Lusa
posted by ContorNUS at 15.11.07
8 Comments:
a luz que treme... e as cortinas sentem e reflectem...
que nos inunda a casa
de invisíveis
pertenças
Gostei muito do poema e da imagem. Os teus pots fogem sempre da banalidade.
Beijinhos
Uma janela...
um mundo!
brilhante!!!
:o)))***
Que as sementes, destas flores alegres e coloridas, caiem sobre este chão fértil e pinte com amor solto, a felicidade de estar vivo.
:)pb
Realmente, uma luz inquieta que nos tira dos pesadelos que a escuridão lança. Um local de peito aberto ao Sol, à chuva, ao vento, ao frio, sempre presente. À espera de nós fica parada no tempo, esperando por uma mão que a abra e que lhe diga: "de ti não me esqueci...". Ela precisa de nós tanto como nós dela, falta saber quem dá valor a quem. Nós precisamos dela e ela espera por nós, espera numa solidão sombria acompanhada das cortinas que lhes desfazem a tristeza da solidão. Somos egoístas quando queremos que ela abra sem lhe perguntar como é que ela se sente. Por vezes não abre para mostrar a sua indignação, mas nós não compreendemos a sua solidão. Se não abrir troca-se por outra que virá viver na expectativa de se tornar mais uma perdida pela nossa ingratidão...
Desculpa. divaguei um pouco...Beijos.
Gostei.
Que isto não seja de forma alguma atribuido ao teu poema mas de repente lembrei-me do Abrunhosa.
Boa imagem e título e, palavras já tão inconfundiveis.
;)
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