Quando o dia duvida
no esmaecer do sol… tépidos raios
vertem tonalidades veladas
cedendo abrigo à sombra
que se adianta como o ar
preenchido de voos de pássaros
em certos dias
a luz que espia
evade-se em harmonia
ousa ver-nos
sem como nem quando
as mãos acolhem a sua claridade
os olhos percorrem sem tocar
encontrando entre as fissuras
a rasura do tempo
sombra de ouro despojada
estremece os sentidos
desejo errante
perdido de um corpo
nestes dias evoco
que o cinzel lime arestas
na justa medida
em que tombam as lembranças
o verbo é mudo
os olhos aptos à fala
turvam a triste despedida
que o silêncio atinge
afagadas às palavras advindas
volvem a alma
gravam-se como estilhaços
uma tristeza estéril
que agora se aninha
projecta-se no semblante
sussurrando o regresso
vertem tonalidades veladas
cedendo abrigo à sombra
que se adianta como o ar
preenchido de voos de pássaros
em certos dias
a luz que espia
evade-se em harmonia
ousa ver-nos
sem como nem quando
as mãos acolhem a sua claridade
os olhos percorrem sem tocar
encontrando entre as fissuras
a rasura do tempo
sombra de ouro despojada
estremece os sentidos
desejo errante
perdido de um corpo
nestes dias evoco
que o cinzel lime arestas
na justa medida
em que tombam as lembranças
o verbo é mudo
os olhos aptos à fala
turvam a triste despedida
que o silêncio atinge
afagadas às palavras advindas
volvem a alma
gravam-se como estilhaços
uma tristeza estéril
que agora se aninha
projecta-se no semblante
sussurrando o regresso
15 Comments:
Deixo um beijo de boa noite :)
Empresta-me o teu cinzel...
Poema talhado a cinzel...
Luminoso, apesar do poente que encerra.
Gostei muito.
"Entre as fissuras
a rasura do tempo"
Muito bom!Deixo-te um abraço!***
sem palavras..verdadeira poesia mm :)
****
é um silêncio que estremece
esmorece com o tempo
findando com o motivo
de quando se calam sentidos
escondam-se as mãos
sem laços
sem nós
Um espaço notável, o teu. :)
bonito o teu blog.
obrigada pela tua visita :)
As fotos são belissimas minha querida.
O poema esse foi talhado pelas mãos abilidosas de uma artista que sabe que forma e contornus lhe dar
Um Beijo em Silêncio
Grata pela visita, a qual retribuo.e dizer que gostei muito da poesia aqui palntada...
Doce beiji
deslizaste o cinzel burilando enxofre e fogo pelo mármore que retem tudo: fotografias nascentes e esmaecidas do sol
espectro*
a poesia é sempre dúvida. e o voo também.
beijo C.
B.
__________________________
Mais um belo poema!Parabéns*
Gostei mesmo muito do que li,irei voltar mais vezes...)))
Moro na rua do nada
Aquela que ninguém vê
Mas que todos pisam
Tem vistas para o infinito
E acaba a onde a alma começa...
Abraço que o tempo...te deixa...)
somos de uma editora que se prepara para iniciar actividade em 2008..
Gostamos mt da sua poesia, pois é ousada e diferente..
Se quiser poderá chegar-nos uma compilação sua de poesia, em word, que nos analisaremos.
porque.editora@gmail.com
abraço
........
"nestes dias evoco
que o cinzel lime arestas
na justa medida
em que tombam as lembranças"
que dizer?
belo! simplesmente
..................
Beijinho e noite serena
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