9.7.07

Placidamente






No abismo dos dias,
As horas espartilhadas
Ardem nas veias desordenadas
À tona, transfiguradas


Uma luz cava interpela-lhe a pele,
Emerge em cinzas
Estorce a solidão
Albergando a sílaba.


Placidamente
Atou os anos entre o cabelo,
Branqueado pelos infortúnios.


À idade exorbitada
Acudirão compelidas as palavras aos ouvidos.
Presas à alma,
Emergem da sombra displicente.


O olhar secreto que se debruça
Vergando-lhe as lembranças
Que ainda vibram
Em ecos do extinto afecto


Descaem da memória
Apedrejando a quietude
Lembranças que se fazem… ou se desfazem
Resgata agora, aligeiradas.

9 Comments:

Blogger Plum said...

Muita histórias para contar!*

7:20 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Marcas de um tempo que passou ...

10:00 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Bonitas palavras conjugadas, na vida cada qual com uma história,
A esperança do cada dia a renascer nesta mensagem mui colorida e transparente no querer.....Um sorriso para si

8:16 da manhã  
Blogger Vera Carvalho said...

Coincidentes os nossos pensamentos! Tenho-me debatido sobre umas mãos parecidas a estas:), mas depois de albergar cada sílaba sinto que queria ter dito isto e melhor não consigo!Parabéns!

9:04 da tarde  
Blogger Phantom of the Opera said...

Perco-me na leitura
Perco-me na musica.

Que mais um pobre mortal pode desejar?

Beijo Nocturno

1:10 da manhã  
Blogger un dress said...

a alma das mãos...

8:55 da tarde  
Blogger lampâda mervelha said...

Vai gastando...

Sente-se!

10:37 da manhã  
Blogger xein said...

Belas imagens se vêem por aqui! Obrigada pela visita. Também eu voltarei! :)

Sente-te!

6:11 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

A humildade assalta-me o instante.
Mãos anciãs destapam o véu da sabedoria do Tempo. Que passou e ficou nos intervalos da chuva. Gotas de uma água amorfa. Contínua. Descontente.
Contente é agora o presente, na sombras destas mãos por beijar.

Incrível...chorei.

Desculpa-me a simplicidade de um momento em que me revi. Como "entre espelhos" ou reflexos de um amor achado numas mãos assim. As da minha avó. Linda anciã!

4:05 da tarde  

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