Guarda-me na memória
Viandantes, os dedos,
seguem a trajectória que o vazio desconhecia.
Num tentilhar abrirás o livro estancando,
sem nenhuma garantia,
de aconchegar a tarde que desce com suavidade
As palavras mais frágeis carregam o pó.
Planando contidas entre paredes,
assombram a quietude,
espreitando de soslaio
num entorpecer dos sentidos
Mas no papel não existem palavras que te afaguem,
as memórias que se erguem num instante fotográfico.
Mendigas num debruçar ténue,
como vapores líquidos trepam incontidas,
nos sons murmurantes que devoram o tempo escasso.
Como quem oferece a si próprio,
casulos que despertam suplícios de loucura.
Depois, na invasão do cansaço descora a razão decrépita,
num eco desejado, não cabendo na dimensão,
de quem sente o peso do corpo deambular.
3 Comments:
Muito bonito... Mesmo muito bonito!
Fica bem,
Miguel
Passei para te ler e deixar um abraço!!!*
Boa photo
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