1.11.07

Sacra






Etérea
Suspende o tempo
Onde a luz rubra cingia
Envolta num doce mistério
Respiro-lhe a quietude
Escuto o que não vejo


Não saberia o sentimento a dar-lhe
Se de veludo Carmim
Se de mortalha
...negra e plangente


Rosto hirto na vidraça
A luz… intocável
Aos olhos
Emudecem no silêncio
De uma avassaladora saudade


Guardo a mensagem
àqueles que se deixam morrer
a cada dia
caminhando sem conhecer o fim
…tende piedade
Reconfortando o caminho espinhoso
No perfume das rosas que chovem sobre nós

9 Comments:

Anonymous Anónimo said...

é nesta sacra imensidão, com o tempo suspenso no regaço, que os espinhos de uma vida torcida a Deus, parecem dar vida a rosas ensanguentadas sob os seios amorosos. João*

11:07 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

E tantos são os que todos os dias morrem um pouco, deixando a morte antecipar o toque final, uns pelo facto de se vitimizarem e se encostarem a um canto, outros vitimados pela maldade do mundo...
Viver é espalhar rosas no nosso caminho, deixando um rasto para nos encontrarem...

8:54 da manhã  
Blogger Ás de Copas said...

Porque não há rosas sem espinhos...
Um beijo

10:47 da manhã  
Blogger Dalaila said...

o perfume que voa no ar, em confronto com a pedra em maciço que nos agrra, e os espeinhos que vão pregando....
a luz, o sopro que não se sente...a saudade ficou

4:44 da tarde  
Blogger hora tardia said...

pungente.


tocante.



belo.




beijo do Piano.

10:46 da tarde  
Blogger delusions said...

muito bonito...


Bjinho*
Bom fim-de-semana

11:08 da tarde  
Blogger lampâda mervelha said...

Quase que consegui sentir-lhe o perfume... toque amargo, docemente espinhoso.

Não senti devido ao que tenho de mortal.


Bravo, pela imagem, pelas palavras.

12:26 da tarde  
Blogger Letras de Babel said...

like a pray...

12:00 da manhã  
Blogger Isabel Victor said...

A via sacra da poesia


em oração ...


sublime

iv*

10:27 da tarde  

Enviar um comentário

<< Home